O Ministério da Saúde recomenda que os casos suspeitos procurem atendimento, pois é na avaliação que se define a gravidade, o grupo de risco, a necessidade ou não de exames e o tratamento adequado.
Os sintomas clássicos são febre repentina, dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos, além de náuseas, vômitos, diarreia. Se não houver sinais de gravidade, e NÃO se tratando de pessoas dos grupos de risco (crianças, idosos, gestantes, hipertensos, diabéticos e outras comorbidades), não há necessidade imediata de novos exames ou de avaliação hospitalar. O paciente estável, deve procurar a Unidade Básica de Saúde de referência ou o médico particular. Dessa forma, o Pronto Atendimento receberá prioritariamente os casos de sintomas refratários ao tratamento inicial e/ou mais graves.
Você sabe por que há a alteração do hematócrito e das plaquetas?
O hematócrito mede o tanto de hemácias (células que carregam o oxigênio) no sangue. O dengue desperta uma resposta exagerada do sistema de defesa, afetando os vasos sanguíneos, tornando-os muito permeáveis. Assim, pode haver perda de líquido (plasma) para fora dos vasos, o que leva a uma maior concentração do hematócrito.
Já as plaquetas são fragmentos de células feitos na medula óssea que previnem sangramentos. No dengue, as plaquetas são consumidas ao formarem pequenos coágulos de forma disseminada; também há aumento na destruição delas por diferentes mecanismos. Tudo isso aumenta o risco de sangramentos.
Os sinais de gravidade costumam aparecer na fase crítica, a partir do 5°-7° dia, geralmente quando a febre melhora. São eles: dor abdominal intensa; vômitos persistentes; líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural ou pericárdico); queda de pressão e/ou sensação de desmaio; sono desproporcional e/ou irritabilidade; aumento do fígado; sangramento de mucosas; aumento progressivo do hematócrito. Esses casos demandam atendimento médico prioritário.
Deve-se evitar antiinflamatórios e ácido acetilssalicílico (Exceto aqueles que usam este medicamento na prevenção cardiovascular, só deverão interromper se queda importante das plaquetas - checar com o médico do seguimento)
Na próxima edição trataremos sobre vacinação para as pessoas idosas, inclusive as vacinas para dengue.
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Sou Erika, Médica de Família, atuante em atendimentos domiciliares, saúde do idoso e Medicina Paliativa. Você me encontra nas redes sociais em @erika.camargos
Colunista

Erika Camargos F. S. Hostalácio
Médica Paliativista
Atendimento Domiciliar e Teleatendimento.
CRM 69944 CREMESP 182439
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