O proprietário da Fazenda Nossa Senhora da Guia, produtora de café em Ilicínea Minas Gerais, foi condenado a pagar uma indenização coletiva de R$ 300 mil por submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão. De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho Estadual (TRT-MG), quatro funcionários da fazenda foram encontrados em "situação de extrema precariedade".
Conforme relatado por um dos trabalhadores, eles não tinham Carteira de Trabalho assinada, eram obrigados a comprar os próprios equipamentos de proteção e a pagar pela alimentação, que era descontada dos salários. "Tudo o que nós comprava será descontado, inclusive luvas e panos de colheita utilizados", declarou.
O relator do caso, desembargador Antônio Gomes de Vasconcelos, destacou a gravidade das condições de trabalho e a necessidade de medidas para coibir a repetição dessas práticas. O Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizou a ação civil pública depois de uma fiscalização constatar as condições degradantes. O MPT argumentou que as práticas na fazenda configuravam trabalho escravo por causa das irregularidades.
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