O termo Codependência teve origem nos estudos com a dependência química e foi atribuído aos familiares, partindo do princípio de que os familiares de dependentes químicos também apresentariam uma dependência, não das drogas, mas dependência emocional ou uma preocupação constante e fixa no dependente. A codependência é uma doença silenciosa que mexe com o íntimo de alguém. Infelizmente, muitas famílias encontram-se imersas em situações problemáticas causadas pelo uso de drogas lícitas ou ilícitas. Aflição, dor, angústia e culpa são sintomas conflitantes e que dilaceram laços afetivos. Estes traços tornam-se visíveis nos semblantes de muitos pais e mães. Aos poucos, a codependência química transforma os indivíduos e faz com que o comportamento do adicto dite como serão suas vidas. Quem é codependente demonstra um comportamento inconsciente e compulsivo esquecendo-se de si mesmo. A pessoa está sempre cuidando de um filho, namorado, cônjuge ou familiar. Assume para si a responsabilidade das escolhas e consequências do dependente. Muitas vezes, abre mão de sua rotina, trabalho e planos para protegê-lo, visando impedir que a adicção chegue ao conhecimento de amigos, vizinhos e conhecidos. Por essa dedicação tão exclusiva, disfuncional e irrestrita, o codependente torna-se infeliz, explorado e impotente. Suas intenções, por melhores que sejam, apenas fazem dele um de crises. A ansiedade e a constante frustração tornam a codependência, aos poucos, uma adicção. O dependente químico luta para tentar controlar seu vício e o codependente para controlá-lo, resultando em um círculo vicioso.
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