O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), vai se encontrar nesta terça-feira (15/12) com o governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB). O assunto da reunião não foi divulgado, mas ela ocorre dias depois de a prefeitura da capital mineira anunciar um acordo com o Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, para garantir doses da CoronaVac, vacina contra a COVID-19 desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech.
Segundo a agenda de Doria, Kalil vai almoçar com o governador no início desta tarde no Palácio dos Bandeirantes, na capital do estado. Também estarão no encontro o secretário e chefe do Escritório do Governo de São Paulo em Brasília, Antonio Imbassahy, e o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi. O encontro deve durar uma hora.
No último dia 11, o secretário de Municipal de Saúde de BH, Jackson Machado, afirmou que a cidade está com toda logística montada para a vacinação da COVID-19. "Se a vacina chegar hoje, amanhã já conseguimos vacinar", afirmou ao Estado de Minas.
O secretário afirmou que as negociações da prefeitura com o Instituto Butantan e Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) têm como objetivo garantir um plano B e C para a capital mineira, caso o Ministério da Saúde não disponibilize a vacina. O Bio-Manguinhos tem parceria para a produção da vacina Oxford/AstraZeneca.
A prefeitura também fez uma parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para armazenar a vacina da Pfizer, que vem sendo aplicada no Reino Unido. Caso ela chegue à capital, poderá ser armazenada em super-freezers da instituição. Isso porque o imunizante precisa ficar a uma temperatura de -70°C.
Queda de braço
Nessa segunda-feira, João Doria lançou nova estratégia para forçar a aprovação da CoronaVac pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sem perder o calendário de imunização que anunciou com início em 25 de janeiro de 2021. Ele adiou a divulgação dos resultados de eficácia da vacina para submeter à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na terça-feira da próxima semana, os dados da análise final do estudo e não da chamada análise interina. Dessa forma, o governo paulista entregará os dados de análise final à Anvisa e a vacina não deverá ter certificação para uso emergencial, mas definitiva, podendo ser exportada para outros países.
Já em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) defendeu o o de todos os estados a um mesmo cronograma de vacinação e confirmar que seguirá à risca o Plano Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde. Questionado se Minas já teria uma alternativa caso o Ministério da Saúde não cumpra a promessa de imunização, Zema foi categórico: “Temos plano B, C, D, E, F para o povo mineiro aqui”. Ele não detalhou, contudo, como pretende garantir os imunizantes. Ou se, a exemplo da prefeitura de Belo Horizonte, chegou a fechar acordos com laboratórios e institutos de pesquisa. Limitou-se a dizer que “o estado está se preparando para isso”. (Com Márcia Maria Cruz, Cecília Emiliana e Roger Dias)
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